OS INSACIÁVEIS – “Só mais uma tigelinha! Eu juro!

Ilustração: Barbara Mello

CONVERSA DE PAI E MÃE (TEXTO 18 )

Comportamento

A maioria dos pais tem trabalho para fazer seus filhos comerem, mas alguns enfrentam o problema oposto: a criança que come (e come e come) até o ponto de ficar com evidente excesso de peso. Não estamos falando de crianças com problemas hormonais, que devem ser tratados pelo endocrinologista; nos referimos às crianças que se empanturram de bobagens. É como se o alerta de “lotado” não estivesse funcionando, só param quando os pais intervêm.

As outras crianças – com sua incontida tendência à crueldade – caçoam impiedosamente destas crianças com excesso de peso. Essa criança pode tornar-se retraída, com autoestima aniquilada.

E  podem desencadear um círculo vicioso.

Porque acontece

Pergunte a você mesmo: “Por que meu filho está gordo?”

Uma criança com tendência natural a engordar talvez se desespere por nunca alcançar a meta da família, revoltando-se e comendo ainda mais. Há crianças mimadas, os pais não querendo dizer, deixam de impor limites à gula do filho ou simplesmente permitem que ele tenha tudo o que deseja.

Sua  estratégia

- Antes de mais nada, fale com um especialista em nutrição para orientar um plano de alimentação.

- Não coloque em destaque a necessidade de perder peso. Faça seu filho entender qual importância da alimentação balanceada e moderada para a saúde.

- Como todo adulto que tentou perder peso sabe, MOTIVAÇÃO é a chave para o cumprimento de uma dieta. Se a criança não for motivada desde o início o plano todo  se perde.

- Depois de convencer seu filho, tome consciência de que você é um exemplo para seus filhos. Dê uma  olhada, boa e severa, em sua própria dieta e no que você mantém na despensa.

- Convença-se que não é tarefa sua fazer seu filho feliz o tempo todo. Existem muitos “nãos” na vida com os quais as pessoas mimadas têm dificuldade de lidar.

- Sabemos que exercício físico é tão importante quanto o controle do consumo alimentar. Isso vale para a família inteira.

- Não tente controlar o programa alimentar de seu filho. Ele tem de assumir a responsabilidade ou nada irá funcionar.

- Não teça comentários negativos sobre o peso de seu filho. Comentário como: “Você ainda está bem gordinho”. Ou “Deveria se esforçar mais...”, somente irão fazê-lo sentir-se mal e procurar consolo na comida.

Reflexão

São Paulo se refere àqueles cujo “deus é o ventre” (cf. Fl 3,19), isto é, o alimento. Se a Igreja nos aponta a gula como um vício capital é porque ela gera outros males: preguiça, comodismo, paixões, doenças, etc… Podemos comer e beber com moderação e gosto, mas não podemos fazer da comida um meio só de prazer; isso desvirtua a alimentação.

Peçamos ao Santo Espírito que nos ajude a combater este mal e peçamos a virtude do equilíbrio, para o  que convém. A disciplina do Espírito Santo nos ensina a dizer “Quero, mas não posso!”.

Deus abençoe sua semana!

Na semana que vem, fechando este ciclo de reflexões trabalharemos o tema: AVÓS, os estraga netos?

Se você tiver sugestão para algum tema que possamos refletir, envie para nosso e-mail dominuspuer@gmail.com