CONVERSA DE PAI E MÃE (TEXTO 18 )
Comportamento
A maioria dos pais tem trabalho para fazer seus filhos comerem, mas
alguns enfrentam o problema oposto: a criança que come (e come e come) até o
ponto de ficar com evidente excesso de peso. Não estamos falando de crianças
com problemas hormonais, que devem ser tratados pelo endocrinologista; nos
referimos às crianças que se empanturram de bobagens. É como se o alerta de
“lotado” não estivesse funcionando, só param quando os pais intervêm.
As outras crianças – com sua incontida tendência à crueldade – caçoam
impiedosamente destas crianças com excesso de peso. Essa criança pode tornar-se
retraída, com autoestima aniquilada.
E podem desencadear um círculo
vicioso.
Porque acontece
Pergunte a você mesmo: “Por que meu filho está gordo?”
Uma criança com tendência natural a engordar talvez se desespere por
nunca alcançar a meta da família, revoltando-se e comendo ainda mais. Há
crianças mimadas, os pais não querendo dizer, deixam de impor limites à gula do
filho ou simplesmente permitem que ele tenha tudo o que deseja.
Sua estratégia
- Antes de mais nada, fale com um especialista em nutrição para
orientar um plano de alimentação.
- Não coloque em destaque a necessidade de perder peso. Faça seu filho
entender qual importância da alimentação balanceada e moderada para a saúde.
- Como todo adulto que tentou perder peso sabe, MOTIVAÇÃO é a chave
para o cumprimento de uma dieta. Se a criança não for motivada desde o início o
plano todo se perde.
- Depois de convencer seu filho, tome consciência de que você é um exemplo
para seus filhos. Dê uma olhada, boa e
severa, em sua própria dieta e no que você mantém na despensa.
- Convença-se que não é tarefa sua fazer seu filho feliz o tempo todo.
Existem muitos “nãos” na vida com os quais as pessoas mimadas têm dificuldade de
lidar.
- Sabemos que exercício físico é tão importante quanto o controle do
consumo alimentar. Isso vale para a família inteira.
- Não tente controlar o programa alimentar de seu filho. Ele tem de
assumir a responsabilidade ou nada irá funcionar.
- Não teça comentários negativos sobre o peso de seu filho. Comentário
como: “Você ainda está bem gordinho”. Ou “Deveria se esforçar mais...”, somente
irão fazê-lo sentir-se mal e procurar consolo na comida.
Reflexão
São Paulo se refere àqueles cujo “deus é o ventre” (cf. Fl 3,19), isto
é, o alimento. Se a Igreja nos aponta a gula como um vício capital é
porque ela gera outros males: preguiça, comodismo, paixões, doenças, etc…
Podemos comer e beber com moderação e gosto, mas não podemos fazer da comida um
meio só de prazer; isso desvirtua a alimentação.
Peçamos ao Santo Espírito que nos ajude a combater este mal e peçamos a
virtude do equilíbrio, para o que
convém. A disciplina do Espírito Santo nos ensina a dizer “Quero, mas não
posso!”.
Deus abençoe sua semana!
Na semana que vem, fechando este ciclo de reflexões trabalharemos o tema: AVÓS, os estraga netos?
Se você tiver sugestão para algum tema que possamos refletir, envie para nosso e-mail dominuspuer@gmail.com