PAVIO CURTO – distúrbio de comportamento

CONVERSA DE PAI E MÃE (texto 5)

PAVIO CURTO – distúrbio de comportamento 

Comportamento inconveniente

Um acesso de raiva é uma cena terrível. Gritos, berros, arremessos e violentas contorções corporais transformam esse distúrbio de comportamento em algo impossível de ser ignorado.

Os acessos são como um furacão, aparece do nada, duram algumas horas e desaparecem como se nada tivesse ocorrido.  Os pais, desconcertados, se perguntam: “Quem ele(a) puxou? Ou “O que significa tudo isso?”

Por que acontece?

O mau gênio pode se manifestar nos primeiros anos, mas ganha volume em torno dos 3 anos, pois a criança está dominando o processo da fala e obtém mais facilmente o que deseja e percebe que se atirar ao chão e gritar produzem bons resultados (para ela, claro!)

Os pais repentinamente descobrem que o poder está passando para as mãos do filho birrento. E se acontece em público – nada melhor do que audiência de pessoas desconhecidas para dar destaque ao “pequeno ator” – a criança fica com todas as cartas na mão... 

Medidas práticas

Tente ficar calmo(a). Ter seu próprio ataque de nervos de nada ajudará!

Nunca ceda ou tome uma atitude que dê à criança temperamental a sensação de vitória. Quando terminar o acesso, peça que arrume toda a desordem e continue com a vida normal.

- Se seu filho está atirando ou quebrando objetos é preciso segurá-lo até que pare ou que não corra riscos de se acidentar. Mas ele deve aprender que se quebrar algo seu como um brinquedo, o prejudicado será ele mesmo. E não se apresse em repor o objeto danificado. É preciso que ele tenha a oportunidade de vivenciar a perda.

- Digamos que o acesso de raiva se deu porque você propôs que ele colocasse a blusa e ele não quis. Depois que tiver passado o “bombardeio”, retome, com gentileza e calma a ordem dada inicialmente.

Isso exige paciência, mas a chave para a criação de filhos é a firmeza.

 - se a explosão” acontece em lugares públicos, como num shopping por exemplo, Pegue- o (não arraste) e retire para um local mais calmo, espere se acalmar, procure sabe a causa e retome a orientação sem ceder às suas vontades.

- ensine que a melhor solução para um problema se consegue por diálogo e cooperação, e não pela birra.

Para Refletir...

Quero retomar uma questão lá no início de nossa conversa quando o “pavio curto” explode e os pais, desconcertados, se perguntam: “Quem ele(a) puxou?

O maior medo dos pais é ver florescer em seus filhos as próprias mazelas, fraquezas...

Então em vez de procuramos culpas ou culpados, deixemo-nos ser curados de nossas feridas, pois também reagimos de forma imediata às adversidades.

Somos muita das vezes reativos, AÇÃO - REAÇÃO (fez - leva \ bateu – apanha)

O Espírito Santo nos ajuda a ser reflexivos:   AÇÃO - REFLEXÃO - REAÇÃO

O reflexivo, embora tenha sido afetado de alguma forma, busca pela reflexão, a melhor atitude para que a reação não seja de ira, mas de calma, com paciência, com brandura e com firmeza.

“Meu filho, fazes o que faze com doçura.” nos diz o texto do Eclesiástico 7,19a.  E também nos orienta São Paulo na carta aos gálatas 5,22 “o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade.”. Deixemo-nos conduzir pelo Espírito Santo.

Que a Virgem Maria nos ajude na educação nossa e de nossos filhos.

 Deus nos abençoe! 

Até a próxima semana onde trataremos do BOCA SUJA “...me passe a @#*! do leite?”

Lembrando que estas e mais outras dicas sobre comportamento das crianças você encontra neste livro que estamos compartilhando: CONVERSA DE PAI E MÃE.  Autor Stanley Shapiro e Karen Skinulis. Ed. Paulinas