O CARRANCUDO – o perigo da raiva silenciosa


CONVERSA DE PAI E MÃE (TEXTO 9)



O COMPORTAMENTO
Um intenso mau humor parte do momento em que alguém diz a palavra proibida: não!
Não para comprar um brinquedo, não para assistir um filme de terror, não para os jogos de vídeo game, e por aí vai....

POR QUE ACONTECE?
Emburrar nada mais é do que expressar a raiva de modo silencioso. Isso acontece diante da frustração de não ter conseguido o que queria ou a não realização de seus desejos.
Lembrando que a palavra “emburrar” é tornar se burro, ou seja grosseiro, bruto, firmar-se em uma posição = empacar. 

MEDIDAS PRÁTICAS
- Não se deixe irritar pelo mal humor de seu filho, não altere sua rotina nem tente recompensá-lo;
- Se o clima ficar detestável, peça a seu filho que se mantenha afastado, no quarto por exemplo;
- Quando o mau humor passar, estimule-o a falar sobre o assunto. Seu filho precisa saber que você deseja entender os sentimentos dele;
- proponha alternativas para o mal humor mostrando que o mundo não vai acabar por causa da vontade não realizada;
- Tenha em mente que seu filho possa ter uma queixa justificada. Não menospreze automaticamente suas reivindicações ou preocupações;
- Não comente o mau humor de seu filho com outras pessoas, isso pode “taxar” e criar estereótipo que dificilmente será consertado depois.

REFLEXÃO
Uma das grandes preocupações com o carrancudo é de fato o perigo da raiva silenciosa. Este comportamento causa transtornos interiores que se desdobram em doenças somatizadas pelo organismo causando tensões musculares, interferindo até na pressão arterial, insônia e outros danos. As crianças com esse comportamento em determinado momento podem extravasar seus sentimentos numa explosão de violência contra si e contra os mais próximos.
São Paulo na Carta aos Efésios diz “Não se ponha o sol sobre vossa ira. E não deis nenhuma chance ao diabo.” (Ef 4,26-27). É preciso estar atento para que esta raiva silenciosa do carrancudo seja tratado, curado, para que não se transforme numa mágoa, um ressentimento. Rogue a Deus assim: “Vem Santo Espírito cure essas feridas, cure onde dói...”

Na próxima semana trataremos do tema: O PEQUENO LADRÃO – “Foi ele que me deu!”

Nossa Senhora da Divina Providência, providenciai!